quarta-feira, 25 de março de 2009

2009

Quinta parte de discórdia o mundo ouvia

Menos tal que aquela que desbota

Nunca será total apocalipsia

Nem fundamental à natureza morta

Ditam eras, diz-se as sombras se deslocam

Fecham pontos; invisíveis cubos

Rastreiam homens sábios que se entocam

Ontogenia discreta em cada bulbo

Que se alastre e chegue o grande terço

Que um meio sempre há de acabar tudo.

Seja breve a pontada

Fim dos tempos coisas que me iludo

Raios frontais recaem em cada berço

Triste caminhada.

Um querer

Pulo incerto rente ao gozo do passado

Lembranças ocas de razões sem leis.

Entendo-lhe, não é uma questão de gosto

Mas, meu ausente-a-ti pede a presença, eu sei!

Que caiam as imagens armadas e foscas

Das rodas indeferidas do imprevisto

De incerto ínterim perto e amalgamado às moscas.

Rostos das cobras indóceis num suplício.

Tardam agrados diante situações aprazadas

Todas frivolidades desvirtuam idéias tortas,

Pois idéia torta é qualquer idéia reta errada

Presumo ser de pior valia a idéia morta.

Prezo a caldeira em brasa,

A caldeira em delícias

O bocejo em beijos de preguiça

De duas emboladas forças de entidades

Algo que sacia-se em absoluto no agora como o desejo

O dentro e fora fogo! O amor e o fogo dentro e fora na cidade...

O resto é conivência de um acordo.

Tudo morno.

Onde tiver mais

É o sempre.

Casi-snabis

Um baço intrínseco ladeia toda a minha costa
Em arrepio floral de ramos de capim gordura.

Dista a cuja, toda a minha alergia que se dane
De tão estática sanha que me sai do peito.

Porte d’arma in-consistência,
Outra vez me nauseiam apertos no intestino
Inflados por traves de divertidas mandalas...
brasas de incenso envolto no orbitar universal das brumas...

Rouquidões claras de um pigarro-gosto de canabis
Um fogo incerto que me folheia os dias como páginas.

Palas...

Baço intrínseco que ladeia toda a minha costa
Em arrepio floral de ramos de capim gordura

Dista a cuja, toda a minha alergia que se dane
Porte d’arma em consciência às ca®mas
De tão estática sanha que me sai do peito

Outra vez me nauseiam apertos no intestino.

quinta-feira, 12 de março de 2009

basta

cabe a mim somente a idéia
de nada mais temer a circunstancia
de estragar com o resquicio da miseria
aquilo que sempre é o motivo de minha dança
corpo fragilizado pelo fumo
peso poroso que rasga a manhazinha
que rasga o meio dia e entope as vias
nada de prisoes...
limitrofes!!!
a indecisao é o fruto de minha fraqueza
o humano sua o tempo neste solo
defino o fim de tudo pelos poros
facil... limpo...
sujo o ardil e o substituo
maior se fez o risco do horizonte

quarta-feira, 11 de março de 2009

recadinho

de corte em força
ao estrago do interdito
mantra que sai e grita sempre um pedido
respostas pedem, também sempre um pedido
de roupagem que pêla tez se faz a oferenda
não importa a quem faz a preferência
sim, o ronco tosco e suave paciência
diziam que algo sem sentido pela forma
respirava gosto
aldeia deslocada e radical
poço inteiro tenho que nunca a si incorporaste
frívola e sem tipo é a vida do teu mal
o risco faz da página aliança e devora
a membrana insipiente de qualquer entendimento
cobre agora como tolo aquilo que não entende
estorve sua sapiência correta sobre a minha.
mas, faz-se breve...

quinta-feira, 5 de março de 2009

para constar

mil caras de marido...
solvente que perfura as formas
que delicia os líquidos e transborda gana no afoito
madrugada rolante... assoalho curtido na cevada
idéia d'antes que se fez e
se aconteceu pelo espontâneo
liberdade louca que periga rios de transtornos
mas que enverga a volúpia em fornalha
e deixa morno