sábado, 9 de janeiro de 2010

pragas... bafos quentes e rodopios
filhos de insanas carnes!
vim de onde me escondo
por tais nuvens que em meu peito
trazem névoas de possessos
um risco... uma fenomenologia da incerteza
sem aspecto... sem pureza
faróis que inventam rabiscos
e lançam caminhos a troco do sábio vento
que faz questões de chutar os navegadores
tenho medo
um tanto.
mas, nada absurdo! não quero é assovios
e nem que meus aparelhos quebrem!
que sejam encaminhados sofredores
e que me larguem...
que larguem minha inconstância
e que eu aprenda a ser menos gente
já que por ser tanto vejo e quero
parto do desejo e me desespero.
febre... tosse... não as tive a beira da morte da conduta
ranquei da existência a força que me ilude...
sorte ou presunção
perco o tino
viajo sem cosmovisão
saudade do minino...
dores das lágrimas caídas
lindo aperto que rompe o peito
e faz-me humano...
desisto?
óbvio que não
estou fraco e pretendo
malditos projetos.
maldito rombo sem vão
torto ou reto...
afeto.
se houvesse um motivo
mas, nada
vejo formas entre as penumbras escuras
pensei que fosse algo que outrora passava
ao meu lado,
como uma dança proibida
fiz que vi, não vi
o deleite me enxarcou de desejos de bebida
o fim não me confortava
até hoje não sei.
até hoje é que penso...
até hoje tenho tudo e pelo universo
quero mais ou menos tudo denso!
se houvesse ao menos um motivo
para tanta desordem interna
e vontades proibidas
mas, nada.
estou em um beco sem saída!
finco meus dedos nas perverssões
e devem achar que sou uma má pessoa
sonho picos de loucuras
e damas que mijam refrigerante em mim
usura... que soa... intenções
infeliz de mim morto por simples garoa.