De repente uma corrente faz doer por trás da vista
E nada mais contínuo passa mesmo que eu persista
Uma pressão na testa, uma agonia risca
Toda a minha idéia não deixando pista
Tentei por um tempo crer não ser nada
Roubei de um santo o saber por padecer na estrada
Em verdade, digo que me ofereceu morada
Nos braços da estrela, sua torre alada
Comentei que já por dias nenhum sono me sacia
Apenas penso o por vir que o amanhã não cria
Disse que assim mesmo a dor me veio fria
E que tudo dito agora, ou antes, ele já sabia.
Sem nenhum sopro calei-me em esplendor
De bruços deitei e apreciei o calor
Comi as vestes vivas das folhas de um sabor
Que aí sim cri como é morto o despudor
Vários traços perdi, droga, joga=dos a Dante
Vários mares enguliram a folhagem insinuante
Poucos são os vestígios que tendo a recordar, doravante.
Meu corpo grita apagar aquele instante.
domingo, 25 de janeiro de 2009
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